Este ano nasceram dois golfinhos no Estuário do Sado

Os golfinhos que vivem no Estuário do Sado passaram a ter mais dois elementos durante o ano de 2016. Em Agosto e em Outubro nasceram duas crias, aumentando para 29 o número de roazes naquela população, informou hoje o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

 

“A primeira cria nasceu em Agosto e a segunda em Outubro, mas o ICNF optou por não divulgar no imediato estes nascimentos de modo a proteger as novas crias”, segundo um comunicado enviado à Wilder.

Os nomes destes dois golfinhos-roazes (Tursiops truncatus), serão escolhidos pelos alunos do 1º ciclo de uma escola do concelho de Setúbal.

 

Cria que nasceu em Outubro. Foto: ICNF
Cria que nasceu em Outubro. Foto: ICNF

 

Em Portugal é possível observar golfinhos ao longo de toda a costa. Mas esta é a única população residente de golfinhos num estuário em Portugal e uma das poucas da Europa. Nos anos 80 chegou a ter cerca de 40 animais; em 2011 atingiu um mínimo de 25.

Hoje, “a elevada mortalidade infantil registada na década de 80 parece ter sido revertida e, à excepção da cria Sapal (nascida em 2013), todas as outras crias nascidas nos últimos anos continuam ainda na população”, acrescenta o ICNF. Como a que nasceu no Verão de 2015.

Quando adultos, estes golfinhos podem ter entre dois a quatro metros de comprimento e pesar entre 150 a 600 quilos. Alimentam-se de tainhas, carapaus, sardinhas, anchovas, enguias, chocos, lulas e alguns crustáceos.

Actualmente, metade da população do estuário é jovem, tendo menos de 20 anos; a outra metade terá, em média, 40 anos de idade. Os golfinhos podem viver até aos 50 anos.

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Se deseja tornar-se um perito nos golfinhos do estuário do Sado, leia aqui o guia que a Wilder publicou sobre este assunto.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.