Foto: Virvoreanu Laurentius/Pixabay

Este sábado, apagaram-se as luzes durante a Hora do Planeta

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Por todo o mundo, desligaram-se as luzes ao início da noite, como alerta para a necessidade de lidarmos com as alterações climáticas e protegermos a biodiversidade.

Iniciada em Sidney em 2007, pela WWF-Austrália, a Hora do Planeta une actualmente milhões de pessoas, e também municípios, empresas e organizações, por todo o mundo. O desafio é desligar as luzes entre as 20h30 e as 21h30 horas locais, no último sábado de Março, “criando uma lembrança visual impossível de ignorar”, lembra a ANP/WWF, que em Portugal representa a WWF.

O objectivo é apagar apenas luzes que não afectem a segurança, mas este ano, a organização internacional pediu para que se fosse ainda mais longe. “Este ano, vamos mais além, e pedimos às pessoas que às 20h30 se desliguem das distrações e dediquem uma hora ao planeta.” A página da WWF dedicada à Hora do Planeta dá variadas sugestões, de acordo com o tempo que cada um tem disponível: sugere por exemplo uma refeição mais amiga do ambiente (aqui em português), ou que se assista a um documentário sobre natureza, ou então que as pessoas vão à descoberta da biodiversidade ou ajudem a limpar um espaço verde.

O movimento da Hora do Planeta iniciou-se há 16 anos, como um alerta para as alterações climáticas – que nessa altura eram ainda objecto de bastante cepticismo – e para a necessidade de cada cidadão lidar com o maior desafio ambiental de sempre.

“Estamos agora num ponto de viragem nas nossas crises de clima e da natureza, que põe em risco o destino da nossa única casa e todos os nossos futuros”, sublinhou a organização, lembrando que “os próximos sete anos [até 2030] são por isso cruciais”, pois é necessário manter as subidas de temperatura abaixo de 1,5ºC e reverter a perda de biodiversidade.

“Para fazer isto acontecer, indivíduos, comunidades, negócios e governos devem urgentemente aumentar os seus esforços para protegerem e restaurarem a nossa única casa”, afirmou.


Agora é a sua vez.

Leia mais sobre a Hora do Planeta e o que poderá fazer aqui e aqui (em inglês).

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.