Orca. Foto: Buiobuione/WikiCommons

Grupo de orcas avistado ao largo de Lagoa, no Algarve

As orcas (Orcinus orca) são uma espécie rara em águas portuguesas. Por isso foi uma boa surpresa quando quatro orcas foram avistadas ao largo do concelho de Lagoa, Algarve, no final de Julho.

As orcas são uma espécie que visita os Açores entre a Primavera e o início do Outono. Mas no Continente, a sua ocorrência é esporádica, com “pequenos grupos que se aproximam da orla costeira”, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (2005).

Foi o que aconteceu no final de Julho quando uma família de quatro orcas foi filmada entre Carvoeiro e Ferragudo, concelho de Lagoa, por uma embarcação da empresa Wildwatch, que promove a observação de cetáceos, segundo informações do jornal Algarve Primeiro.

As orcas foram observadas a quatro milhas da costa.

“As famílias que observámos aproveitam-se da desova do atum que acontece no Mediterrâneo”, explicou ao mesmo jornal André Dias, dono da empresa e biólogo marinho. “Elas costumam ficar no estreito de Gibraltar, para capturar o atum quando este entra e sai, e depois podemos vê-las na costa algarvia de passagem.”

A orca é a maior espécie de golfinho do planeta e alimenta-se de peixes, moluscos, aves, tartarugas, focas e tubarões.

Agora é a sua vez.

Descubra as sete espécies de cetáceos que pode ver no Verão em Portugal.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.