Illustraciencia já escolheu os 40 finalistas de 2021

Luísa Crisóstomo, ilustradora portuguesa autora de uma prancha sobre o teixo, é uma das 40 finalistas da 8ª edição do Illustraciencia, prémio internacional de ilustração científica e naturalista.

Esta 8ª edição recebeu um total de 616 ilustrações de ilustradores de todo o mundo. Destas, o júri selecionou as 40 melhores. São as propostas “mais interessantes, inovadoras e internacionais, que ajudam a Illustraciencia a crescer mais um pouco”, escreve a organização deste prémio em comunicado.

Luísa Crisóstomo é uma das 40 finalistas, com uma prancha sobre o teixo (Taxus baccata).

Ilustração: Luísa Crisóstomo

Entre as obras finalistas há ilustrações de escaravelhos, aves, cobras, cavalos-marinhos, mochos, borboletas, peixes, flores, aranhas, cogumelos, entre outros.

Até hoje, a obra com mais votos do público é do ilustrador Bruno Bertin Martínez, com 1.016 votos.

Ilustração: Bruno Bertin Martínez

A Illustraciencia é uma iniciativa organizada pelo MNCN-CSIC e a Associação Catalã de Comunicação Científica, que conta com a colaboração da Fundación Española para la Ciencia y la Tecnologia. O grande objectivo é “divulgar e premiar a ilustração científica, mostrar o trabalho dos ilustradores científicos e aproximar a ciência e a sociedade”, explicam os organizadores numa nota.

Os vencedores das categorias Científica e Naturalista serão anunciados a 26 de Maio. Cada um dos autores das obras vencedoras receberá um prémio de 600 euros.

A Illustraciencia começou em 2009 como um projecto para aproximar a Ciência à sociedade através da ilustração. A ideia evoluiu para um prémio internacional que quer dar visibilidade ao trabalho dos ilustradores, independentemente do seu país de origem. Os critérios do júri são o rigor científico, clareza, originalidade e capacidade de divulgação.

Até 22 de Abril, qualquer pessoa pode ajudar a escolher os melhores votando nas obras favoritas entre as finalistas. Quem conseguir mais votos ganha o Prémio do Público. “Você também faz parte da Illustraciencia e a sua opinião é muito importante para nós”, escrevem os organizadores.

Na primeira edição, em 2012, três portugueses ganharam os 1º e 2º prémios e o prémio do público. O júri escolheu Mafalda Paiva para o primeiro prémio, com a sua borboleta noturna Thaumetopea pitiocampa, e Pedro Salgado para o segundo, com o seu peixe-galo (Zeus faber). Lúcia Antunes ganhou o prémio do público, com o trabalho “Planta como habitat”.

Na edição de 2018, uma ilustradora portuguesa, Rita Cortês, venceu na categoria científica, com o ciclo de vida da vaca-loura, o maior escaravelho da Europa. Em 2017, o vencedor foi outro português, Pedro Salgado, com a ilustração de quatro espécies de peixes do Mediterrânico.

Recorde aqui os vencedores da edição de 2020.


Agora é a sua vez.

Pode votar nos seus preferidos aqui.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.