IPSS de Loulé plantam árvores para promover pomar de sequeiro

A plantação aconteceu na aldeia da Tôr a 23 de Novembro para assinalar o Dia da Floresta Autóctone e para promover a importância das espécies nativas locais para a sustentabilidade dos ecossistemas.

A plantação contou com o envolvimento de duas instituições de solidariedade social do concelho de Loulé, a Existir, com 21 utentes e pessoal auxiliar, e a UNIR, com 12.

Foto: Câmara de Loulé

Num terreno do barrocal algarvio naquela aldeia foram plantadas 18 árvores de pomar misto de sequeiro: quatro loureiros, quatro oliveiras, três alfarrobeiras, três amendoeiras, duas figueiras e duas romãzeiras.

A iniciativa, promovida pelo Município de Loulé, pretendeu assinalar a importância da conservação das florestas naturais para o equilíbrio ambiental.

Foto: Câmara de Loulé

“Enquadrada no desiderato da Câmara Municipal de Loulé de, nos próximos anos, pintar de verde o seu território com milhares de árvores, esta ação segue os pressupostos de que é fundamental envolver toda a comunidade neste objetivo de preservação do património natural, uma riqueza que é de todos”, escreve a autarquia em comunicado.

O Dia da Floresta Autóctone foi escolhido como alternativa ao Dia Mundial da Floresta (21 de Março), criado originalmente para países do norte da Europa, que têm nessa altura melhores condições para a plantação de árvores. Na Península Ibérica, as condições climatéricas do mês de Novembro, com temperaturas mais baixas e alguma precipitação, são mais favoráveis para a plantação de árvores.

Foto: Câmara de Loulé

“As florestas autóctones caracterizam-se por terem uma grande área de árvores nativas do próprio território e são de extrema importância, uma vez que servem como área de refúgio e reprodução de um grande número de animais, importantes para o equilíbrio da fauna e flora locais. São também mais resistentes a pragas, doenças e períodos de seca ou chuvas intensas, ajudando por isso a manter a fertilidade do espaço natural e o equilíbrio biológico das paisagens.”

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.