Jovens retiram 100 quilos de lixo de ribeira em Penela

Cerca de 40 alunos do 7º ano limparam um troço da Ribeira da Sabugueira, afluente do rio Dueça, (distrito de Coimbra), no dia 13 de Junho, informou a Câmara Municipal de Penela.

Plásticos, garrafas, tecidos, componentes de um carro, e até mesmo uma gaiola foram recolhidos pelos 39 alunos de duas turmas do Agrupamento de Escolas Infante D. Pedro.

O troço da ribeira que agora está limpo fica entre a ponte antiga da Venda dos Moinhos e a localidade das Ferrarias.

A limpeza surgiu no âmbito da disciplina – Cidadania e Desenvolvimento, coordenada pela professora Paula Dias, e contou com o apoio do município de Penela. 

Preservar o património natural local foi um dos objectivos desta limpeza, a par de “sensibilizar os jovens para a importância da separação do lixo e o seu encaminhamento para adequado destino final (tratamento)”, explica a autarquia em comunicado enviado hoje à Wilder.

“Desde que comecei a participar nestas ações passei a fazer a reciclagem em casa”, confessou uma aluna, durante a limpeza que livrou aquele troço da ribeira de lixo não biodegradável.

No entender da autarquia, “esta acção, dinamizada pelos jovens penelenses, evidencia a defesa do ambiente, bem como, o apreço pelo território”.

Este ano, a Câmara Municipal de Penela tem a decorrer o projecto de educação ambiental Do rio ao mar, sem lixo, para promover acções de protecção ambiental.

O concelho tem zonas de galerias ripícolas, importantes para a biodiversidade e ecossistemas, nas margens do rio Dueça (um afluente do rio Ceira) e do Rio de Mouros (afluente do Rio de Anços) e das suas inúmeras ribeiras, como a da Sabugueira.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.