Jovens voluntários recolheram 256 quilos de lixo do Estuário do Sado

Para celebrar o Dia Mundial dos Oceanos, a 8 de Junho, 79 jovens do 8º ano e do ensino profissional retiraram em conjunto 256 quilos de lixo das margens do Estuário do Sado, no âmbito da campanha da Ocean Alive.

 

Durante a manhã de 8 de Junho, o grupo de jovens esteve a limpar a zona junto aos estaleiros da Lisnave.

Segundo a Ocean Alive, organizadora da campanha Mariscar SEM Lixo, foram recolhidas 91 embalagens de plástico de sal abandonadas pelos mariscadores do lingueirão, um dos resíduos que a campanha quer combater.

Dos 256 quilos de lixo recolhidos, 98 quilos irão ser reciclados, principalmente plásticos e metais.

A missão desta acção foi “sensibilizar os jovens locais para o problema do lixo marinho”, explicaram os organizadores. “Os jovens negligenciam o problema do lixo e têm comportamentos negativos, apesar de, quando mais novos, terem tido uma aprendizagem sobre a problemática dos resíduos e da reciclagem”, salientaram ainda.

“Mariscar SEM Lixo” é uma campanha de sensibilização e limpeza das margens do estuário do Sado que alerta para o problema global do plástico no oceano. O objetivo é sensibilizar os mariscadores de lingueirão para não deixarem no mar as embalagens vazias de sal fino que utilizam para capturar este bivalve.

Através da campanha, que já envolveu mais de 2.600 voluntários em dois anos, foram retiradas do Estuário do Sado, 47.000 embalagens de sal e 40 toneladas de lixo, dos quais seis toneladas foram encaminhadas para reciclagem.

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Descubra o que fez um ano de limpeza ao Estuário do Sado.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.