Lisboa vence prémio de Capital Verde Europeia 2020

A cidade de Lisboa recebeu esta noite o prémio de Capital Verde Europeia 2020, ficando à frente das outras cidades finalistas, Ghent (Bélgica) e Lahti (Finlândia).

 

Todos os anos, o prémio é atribuído a uma cidade europeia, com mais de 100.000 habitantes, reconhecendo o seu compromisso para com a sustentabilidade ambiental, social e económica.

A 11ª edição distinguiu Lisboa. Esta noite, o presidente da Câmara Municipal, Fernando Medina, recebeu o galardão das mãos do Comissário Europeu para o Ambiente, Assuntos Marítimos e Pesca, Karmenu Vella, numa cerimónia em Nijmegen (Holanda), a Capital Verde Europeia 2018.

 

 

Para o comissário, este prémio é cada vez mais importante. “A Europa está cada vez mais urbanizada, com mais de dois terços das pessoas a viver nas cidades, e os desafios das alterações climáticas e da poluição do ar sentem-se mais nas cidades”, referiu, em comunicado.

Na sua opinião, estes prémios “dão inspiração aos cidadãos, empresários, instituições académicas, comunidades, autoridades locais e governos para trabalharem juntos e tornarem as suas cidades lugares mais saudáveis e agradáveis para viver e trabalhar”.

Lisboa teve de dar provas do seu compromisso para com o desenvolvimento urbano sustentável, da sua capacidade para ser um modelo para outras cidades e da sua estratégia para comunicar e envolver os cidadãos.

Até agora, 10 cidades já foram distinguidas: Estocolmo (Suécia) em 2010; Hamburgo (Alemanha) em 2011; Vitoria-Gasteiz (Espanha) em 2012; Nantes (França) em 2013; Copenhaga (Dinamarca) em 2014; Bristol (Reino Unido), em 2015; Liubliana (Eslovénia) em 2016; Essen (Alemanha) em 2017; Nijmegen (Holanda) em 2018 e Oslo (Noruega) em 2019.

A escolha de Lisboa já mereceu reacções, incluindo do primeiro-ministro António Costa.

 

A ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável também já congratulou Lisboa, considerando que a cidade “deverá ser um exemplo de excelência ambiental” e anunciando a sua intenção em “colaborar desde já nas diversas iniciativas previstas e ampliá-las tanto quanto possível”.

Em comunicado, a associação lista as cinco áreas que considera cruciais trabalhar: reabilitação urbana, mobilidade sustentável, turismo, uma cidade neutra em carbono e com menor uso de recursos e uma cidade verde e das pessoas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.