Fotografia: Joana Bourgard

Medina quer plantar mais 80.000 árvores em Lisboa até 2021

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, anunciou que pretende plantar cerca de 80.000 árvores na cidade e aumentar as áreas verdes, durante os próximos três anos de mandato.

 

O anúncio foi feito numa reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, esta terça-feira à noite, durante a fase de informação escrita do autarca, em que Medina falou essencialmente sobre a escolha de Lisboa para Capital Verde Europeia 2020.

O propósito desta iniciativa é dar à cidade “zonas verdes que cumpram o objectivo de redução da onda de calor”, acrescentou o presidente, citado pela Lusa, numa notícia do Público.

Em causa está a “plantação de mais 80.000 árvores até ao final do mandato, que permitam ser um grande efeito para a redução da temperatura na cidade de Lisboa, mas que ao mesmo tempo cumpram um plano de apoio à biodiversidade, que cumpram o objetivo do apoio à mobilidade, que cumpram o objetivo de apoio ao plano de drenagem e à retenção de águas de forma natural nas zonas que são criadas.”

Fernando Medina disse ainda que outro objectivo é que o aumento do arvoredo seja “um instrumento de apoio à redução do ruído na cidade de Lisboa”.

Ainda assim, o autarca não clarificou onde vão nascer as novas áreas verdes, avançando apenas que na Praça de Espanha deverá ser criado um jardim com uma “dimensão superior a duas vezes o Jardim da Estrela”.

Já nos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos, “36% será espaço verde permeável”, adiantou, concluindo que “esta agenda de sustentabilidade é no fundo a agenda do futuro da cidade de Lisboa”.

A escolha de Lisboa como Capital Verde Europeia 2020 foi anunciada na última semana. Estes prémios “dão inspiração aos cidadãos, empresários, instituições académicas, comunidades, autoridades locais e governos para trabalharem juntos e tornarem as suas cidades lugares mais saudáveis e agradáveis para viver e trabalhar”, declarou na altura o Comissário Europeu para o Ambiente, Assuntos Marítimos e Pesca, Karmenu Vella.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.