Museu de História Natural de Paris recenseou mais de 160.000 espécies em 2015

No ano passado foram recenseadas em França um total de 160.612 espécies de fauna, flora e fungos, num esforço coordenado pelos taxonomistas do Museu de História Natural de Paris. A instituição revela ainda que em 2015 foram descobertas para a Ciência 367 novas espécies.

 

Há doze anos que, por esta altura, o Museu de História Natural apresenta os resultados da revisão à lista de espécies em França. Este é um trabalho feito pelo seu Serviço do Património Natural para saber quais as espécies que estão presentes no país e as que são endémicas mas também as que desapareceram e as que foram introduzidas.

No ano passado foram descritas 45 novas espécies para a Ciência na metrópole e 322 nos territórios além-mar. Os insectos representam 40% das espécies listadas. Só na metrópole há 11.480 espécies de coleópteros (grupo onde se encontram os escaravelhos, besouros, joaninhas e outros insectos).

“A primeira coisa a fazer é reunir os conhecimentos espalhados por todo o mundo: publicações científicas, colecções de museus”, explica o museu, em comunicado. “Depois, é necessário seguir as espécies novas e as alterações nos grupos taxonómicos das espécies já conhecidas, que podem acontecer por causa do avanço nas investigações em genética”, acrescenta.

 

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.