Foto: D.R.

Nasceu no Zoo de Lagos uma cria de Mainá de Bali, ave Criticamente Em Perigo

Com menos de 50 aves reprodutoras na natureza, o Mainá de Bali (Leucopsar rothschildi) está Criticamente Em Perigo de extinção. Uma cria nasceu a 18 de Março no Zoo de Lagos, um dos zoos que está a reproduzir a espécie em cativeiro para a sua conservação, foi hoje revelado.

No primeiro trimestre deste ano, o Zoo de Lagos recebeu duas fêmeas de Mainá de Bali (Leucopsar rothschildi), uma espécie de ave que só pode ser encontrada no Parque Nacional de Barat, em Bali (Indonésia).

Foto: D.R.

E a 18 de Março nasceu ali uma cria desta espécie, anunciou hoje o Zoo português.

De acordo com o último relatório da lista vermelha da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza), só existem cerca de 49 indivíduos na natureza, capazes de se reproduzir. “As principais causas do contínuo declínio da espécie estão relacionadas com a desflorestação e captura ilegal para o comércio das aves”, explica o Zoo de Lagos em comunicado.

Foto: Zoo de Lagos

“Nos últimos anos, a população tem sido mantida pela introdução de animais nascidos em cativeiro, nomeadamente em parques zoológicos, daí os parques zoológicos terem um papel fundamental na Conservação da Natureza.”

O Mainá de Bali é uma espécie de ave da família Sturnidae. Mede cerca de 25 centímetros e pode pesar 115 gramas. É natural de Bali, no arquipélago da Indonésia, onde se encontra apenas na Reserva Natural de Barat. De plumagem quase toda branca, negro nas pontas das asas e na cauda, distingue-se pela crista branca (maior no macho) e pelo tom azul da pele em torno dos olhos.

Em Novembro de 2018, o Zoo de Lisboa anunciou o nascimento de uma cria de Mainá de Bali.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.