Panda-vermelho. Foto: Carlos Nunes

Nasceu o panda mais ameaçado do mundo no Zoo de Lisboa

O panda-vermelho está classificado como “Em Perigo” de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza.

O anúncio foi feito esta semana pelo Jardim Zoológico, que adianta que a pequena cria de panda-vermelho (Ailurus fulgens) tem agora seis meses de idade e começa “a explorar a instalação permitindo a observação por parte dos visitantes mais atentos”.

Os pandas-vermelhos estão adaptados ao frio que se faz sentir nas áreas onde habitam, como por exemplo as florestas de montanha entre a China e o Nepal. Conseguem manter a temperatura corporal graças à pelagem densa e à longa cauda que ostentam, explica o Zoo.

Cria de panda-vermelho, aos dois meses de idade. Foto: Jardim Zoológico

Estes pequenos pandas preferem andar na copa das árvores, mas também é possível observá-los a alimentarem-se de folhas de bambu, o seu alimento preferido. Mas também comem outros alimentos, até porque apresentam “uma dentição de omnívoro e tubo digestivo de carnívoro”.

A espécie é hoje considerada ameaçada porque os números de pandas-vermelhos estão a diminuir, principalmente devido à degradação e à fragmentação do seu habitat natural. Ainda para mais, “a dificuldade na reprodução é um fator de apreensão uma vez que o período fértil das fêmeas ocorre apenas uma vez por ano, e dura entre 12 e 36 horas.”

Casal de pandas-vermelhos. Foto: Jardim Zoológico

“Tendo a conservação da natureza como principal missão, o Jardim Zoológico assume-se como uma Arca de Noé que preserva indivíduos de diferentes espécies a fim de evitar a sua extinção”, acrescenta o Zoo de Lisboa, que acrescenta que através do seu Fundo de Conservação “apoia projetos no habitat natural para promover a sua  recuperação e travar as ameaças a que estão expostos”.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.