Foto: Pixabay

Nascimento raro de elefantes gémeos descoberto no Quénia

O casal, um macho e uma fêmea, nasceu na Reserva Nacional de Samburu, no norte do país. Foram avistados pela primeira vez a 16 de Janeiro, apenas com um dia de vida.

As duas pequenas crias foram observadas por guias de um eco-acampamento de luxo, que alegaram a Save the Elefants, uma organização que tem estudado e seguido o comportamento e os movimentos destes animais em Samburu, desde há 28 anos.

Bora com os dois gémeos recém-nascidos. Foto: Jane Wynyard/ Save the Elephants

A mãe dos gémeos chama-se Bora e pertence a uma família baptizada como Winds II. Já em 2017 tinha tido uma primeira cria, que foi entretanto avistada junto à progenitora e aos irmãos mais novos.

“Os gémeos são raramente encontrados em populações de elefantes, constituem cerca de um por cento dos nascimentos”, explicou o fundador da Save the Elephants, Douglas-Hamilton, num comunicado. O problema é que “muitas vezes as mães não têm leite suficiente para alimentar as duas crias.”

Foi isso que sucedeu em 2006, em Samburu, quando dois gémeos morreram pouco depois do nascimento. “Os próximos dias vão ser importantes para os novos gémeos mas vamos fazer figas para que sobrevivam”, acrescentou o mesmo responsável. Os investigadores ligados à organização vão acompanhar os recém-nascidos diariamente, no âmbito das actividades de monitorização.

Os elefantes-africanos têm o mais longo período de gestação entre os mamíferos, num total de 22 meses, e dão à luz, em média, de quatro em quatro anos.


Saiba mais.

Recorde estes dez factos sobre os elefantes que todos devemos saber.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.