Praia. Foto: Pexels/Pixabay

Nova campanha está a retirar o lixo de 13 praias portuguesas

Até 17 de Novembro está a decorrer em 13 praias de Norte a Sul de Portugal uma acção de limpeza para recolher lixo como beatas, palhinhas, cotonetes, sacos de plástico e embalagens. As primeiras acções aconteceram nas praias dos Pescadores, da Luz e de Faro.

 

A campanha começou a 17 de Outubro no Algarve, nas praias dos Pescadores, da Luz e de Faro, onde foi recolhido “um volume de resíduos que encheu seis sacos de 60 litros de lixo”, segundo um comunicado enviado à Wilder.

Esta é uma iniciativa da Liga para a Protecção da Natureza (LPN) e do Pingo Doce para ajudar a combater a poluição das praias.

“A mitigação da ameaça colocada pela poluição por plásticos e outros resíduos deve constituir um dos pontos centrais da agenda de todos”, disse Gonçalo Duarte Gomes, vice-presidente da LPN. “Esta ameaça compromete a viabilidade de várias espécies marinhas e o equilíbrio dos ecossistemas, mas também a própria espécie humana.”

A iniciativa vai envolver várias escolas do primeiro e segundo ciclos. No primeiro dia de campanha, a 17 de Outubro, participaram 130 voluntários, incluindo colaboradores da LPN e do Pingo Doce e três escolas – que aderiram ao apelo divulgado em 150 lojas da cadeia. Foram retirados do areal e da beira-mar beatas, palhinhas, cotonetes, sacos de plástico, embalagens, entre outros resíduos.

“O contributo directo em acções de limpeza como estas é indispensável, mas importa sobretudo intervir na origem do problema, reduzindo a utilização do plástico e apostando noutras alternativas”, acrescentou Gonçalo Duarte Gomes.

As próximas acções de limpeza de praias vão decorrer nos dias 24 de Outubro (Setúbal e Almada), 26 de Outubro (Macedo de Cavaleiros), 31 de Outubro (Esposende e Matosinhos), 7 de Novembro (Aveiro), 14 de Novembro (Alcobaça e Óbidos), 16 de Novembro (Oeiras) e 17 de Novembro (Sintra).

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.