Oceano Atlântico. Foto: Tiago Fioreze/Wiki Commons

Polícia Marítima apreende 250 quilos de bivalves no Parque Natural da Arrábida

A apreensão foi feita esta segunda-feira nas águas do Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, no âmbito de uma acção de fiscalização à apanha ilegal de bivalves naquela área protegida.

 

A acção de fiscalização, realizada pelo Comando-local da Polícia Marítima de Setúbal, aconteceu na madrugada de dia 27 de Janeiro, segundo um comunicado da Polícia Marítima.

“Nesta acção foi detetada uma embarcação de pesca costeira, em situação ilegal, em plena faina de pesca comercial com ganchorras, na captura de bivalves.”

As autoridades identificaram os responsáveis e apreenderam os cerca de 250 quilos de bivalves. Segundo a Polícia Marítima, estes foram “posteriormente devolvidos ao seu habitat por se encontrarem vivos”.

O Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, integrado no Parque Natural da Arrábida, estende-se por 52 quilómetros quadrados de extensão, ao longo da costa Sul da Península de Setúbal, entre a Serra da Arrábida e o Cabo Espichel.

Foi criado em 1998 e o seu nome é dedicado a Luiz Saldanha, biólogo que estudou aquela zona costeira. É uma importante zona de crescimento e refúgio de juvenis de muitas espécies marinhas, nomeadamente de peixes.

“É uma área com elevadíssima diversidade vegetal e animal estando registadas mais de 1.400 espécies”, segundo o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.