uma abetarda no campo
Abetarda. Foto: Francesco Veronesi/Wiki Commons

População de abetardas na Andaluzia ascende às 413 aves

A população de abetardas, uma das maiores aves da Europa, mantém-se estável naquela província espanhola, com um ligeiro aumento do número de aves no último ano, revela agora um novo censo à espécie.

 

Este é o resultado do censo de Primavera à abetarda (Otis tarda) na Andaluzia, conduzido todos os anos pela Junta andaluza.

Os dados, coordenados com o censo que se realiza na província vizinha da Extremadura, dão uma estimativa populacional de 413 abetardas, revelou a Junta, em comunicado, a 27 de Abril.

Durante o período de 2003 a 2019, a população manteve uma tendência de crescimento moderado na ordem dos 1,7% ao ano, apesar de, nos últimos quatro anos, a taxa de crescimento ter vindo a cair desde os 3,4%. No último ano passou-se de 403 aves para 413, com 10 exemplares a mais.

As regiões com mais abetardas são Sevilha, Córdova, Jaén e Huelva. Mais concretamente, as abetardas concentram-se nas zonas do Vale do Guadalquivir e a Norte da Serra Morena, com 62% e 38% do total de exemplares, respectivamente.

“Em ambos os casos, as áreas definidas como Zonas de Âmbito de Aplicação do Plano de Recuperação de Aves Estepárias acolhem mais de 90% das abetardas andaluzas”, salienta a Junta.

A abetarda é uma espécie classificada como Em Perigo de extinção na Andaluzia. Mas, apesar da sua “delicada situação”, a população mantém-se estável especialmente nos principais núcleos, onde estão menos vulneráveis.

Na Andaluzia estão a decorrer projectos para conservar esta espécie, como o projecto LIFE Estepárias e o Programa de Actuações para a Conservação das Aves Estepárias da Andaluzia.

Em Portugal, a abetarda está classificada como Em Perigo de extinção.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.