População e entidades de Loulé recebem 20.000 árvores autóctones para reflorestar concelho

Foto: Joana Bourgard

Em Fevereiro, o município de Loulé distribuiu cerca de 20 mil árvores de diferentes espécies autóctones à população e entidades do concelho para ajudar a aumentar a mancha verde local.

Entre as espécies a plantar em jardins, quintais ou terrenos do concelho de Loulé, no âmbito do projeto “Uma Árvore dá Vida”, estão alfarrobeiras, oliveiras, carvalhos, sobreiros e medronheiros.

“Dentro do grupo que está a trabalhar na Agenda de Sustentabilidade Floresta, Biodiversidade e Desenvolvimento Rural do Concelho de Loulé, decidimos lançar um desafio à população para que se inscrevesse para receber espécies autóctones”, explicou, em comunicado, Carlos Carmo, vereador do município.

No momento de plantação as árvores serão georreferenciadas, “sendo os terrenos visitados posteriormente para monitorização pelos técnicos municipais. Este procedimento permitirá calcular o carbono resgatado, medir a incidência dos incêndios e identificar quais as espécies mais resilientes”.

No total, a autarquia recebeu 283 inscrições, no âmbito deste projeto, totalizando perto das 20 mil árvores entregues. Pretende-se que esta campanha tenha uma periodicidade bianual.

Esta iniciativa faz parte do Plano Municipal de Ação Climática, documento com 72 ações, que tem em vista “reflorestar, cada vez mais, a nossa serra, o nosso espaço florestal, de uma forma planeada”. Por outro lado, acrescentou Carlos Carmo, “Uma Árvore dá Vida” permitirá “manter e aumentar a nossa identidade através da biodiversidade”, já que estas são espécies autóctones”.

Entre 2017 e 2023 foram plantadas perto de 50 mil árvores em Loulé, através de ações como a Montanha Verde, o Projeto Alfarroba, trabalhos de retancha no Condomínio da Aldeia da Quintã ou a entrega de espécies à população durante efemérides ambientais.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.