Chapim-real. Foto: Tbird ulm / Wiki Commons

Portugueses e espanhóis vão colaborar para proteger as aves

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) anunciou esta segunda-feira um acordo de colaboração com a congénere espanhola, a Sociedad Española de Ornitologia (SEO/BirdLife).

“O protocolo cria a maior aliança para a protecção das aves selvagens em toda a Península Ibérica e Ilhas Macaronésias”, afirma a SPEA sobre o novo acordo com a SEO/BirdLife, numa nota enviada à Wilder.

As duas associações representam em conjunto “mais de 20.000 cidadãos e uma experiência acumulada de mais de 90 anos”, contando ainda com 49 espaços de trabalho, incluindo sedes, centros ambientais e delegações.

O novo acordo, assinado dia 15 em Cádis, estabelece que a SPEA e a SEO/BirdLife vão associar-se em campanhas e acções ligadas a decisores políticos, em temas como a Política Agrícola Comum e o projecto LIFE Nature Guardians, que tem como objectivo melhorar o combate aos crimes ambientais.

A protecção dos locais mais vulneráveis às alterações climáticas, como as zonas húmidas costeiras e os habitats de montanha, vai ser outro objectivo em que as duas associações se vão unir.

O acordo estabelece também que ambas vão trabalhar em conjunto no que respeita ao restauro ecológico das ilhas, “através da redução da poluição luminosa e da erradicação de espécies invasoras”, e de igual forma no mar, “unindo esforços em torno da pesca sustentável e da criação de áreas marinhas protegidas”.

A ciência cidadã é outra área em que SPEA e SEO/BirdLife acordaram agora numa maior colaboração, tendo em vista o seguimento e a investigação sobre as aves, como é o caso do Censo das Aves Comuns.

“SPEA e SEO/BirdLife vão também intensificar a divulgação dos resultados científicos através da publicação e da realização de seminários e congressos conjuntos”, adianta a associação portuguesa.


Saiba mais.

Recorde dados divulgados recentemente pela SEO/BirdLife sobre a situação das aves em Espanha, aqui.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.