Prado de flores silvestres. Foto: Pixaline/Pixabay

Prados silvestres vão regressar a 100 sítios históricos de Inglaterra

A medida celebra a coroação do rei Carlos III e vai aplicar-se tanto em Stonehenge como na Jewel Tower em Westminster, que guarda as jóias da Coroa britânica.

“Ao longo da próxima década, vamos criar um legado natural nos nossos sítios históricos, estabelecendo prados ricos em flores por toda a Inglaterra, restaurando os que se perderam, e melhorando os que já existem”, anunciou esta sexta-feira a English Heritage.

Este fundo de caridade ligado ao governo britânico, responsável pela gestão de mais de 400 sítios históricos em Inglaterra, explica numa nota publicada que desde a década de 1930 e o advento das práticas agrícolas modernas do pós-guerra, “o Reino Unido perdeu 97% dos seus prados”. “Antes disto, muitos dos locais com gramíneas em Inglaterra – incluindo prados, bermas de estradas e relvados – terão sido casa de uma flora muito mais diversa da que temos hoje”, nota.

Stonehange, em Inglaterra. Foto: Airwolfhound/Wiki Commons

A criação e melhoria de prados ricos em flores pretendem não só “beneficiar a natureza”, mas também outros benefícios, pois “está provado que locais com gramíneas que sejam saudáveis combatem a poluição e capturam o carbono atmosférico permanentemente debaixo do solo”. O ‘trust’ britânico explica ainda que outro objectivo é evocar aos visitantes destes locais “algo com o qual os ocupantes históricos destes sítios estariam muito familiarizados”.

Para avançar com o novo projecto, a British Heritage associou-se à Plantlife, uma ONG dedicada à conservação das plantas e fungos silvestres. A ideia é também envolver as comunidades locais, em torno dos trabalhos para cada um dos novos prados.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.