Foto: Virvoreanu Laurentius/Pixabay

Quem é mais verde? Organizações ambientalistas comparam os candidatos às legislativas

A poucos dias das eleições, a Zero e a Sciaena avaliaram os compromissos assumidos pelos partidos e coligações que vão a votos este domingo, dia 30, e apresentam quais são os resultados.

Semáforos verdes, amarelos, vermelhos e mesmo fundidos são os parâmetros a que recorre a Zero-Associação Sistema Terrestre Sustentável para avaliar as medidas prometidas por cada partido candidato às legislativas deste domingo, na área do ambiente e da sustentabilidade.

Além de uma avaliação global, a associação escolheu 10 temas e três iniciativas que considera relevantes para a próxima legislatura, incluindo o combate às alterações climáticas, os investimentos em conservação da natureza, o aumento da resiliência da floresta portuguesa e a decisão sobre o novo aeroporto para a região de Lisboa.

A análise debruçou-se sobre os programas eleitorais escritos e disponíveis publicamente dos nove principais partidos que concorrem nestas eleições, incluindo o Bloco de Esquerda, a Iniciativa Liberal, o Livre, PAN, PS e PSD.

Os resultados traduziram-se na elaboração de um Semáforo Ambiental, no qual é atribuída luz verde aos programas do Bloco de Esquerda, Livre e PAN. Em sentido contrário, tanto o CDS-PP como o Chega receberam um semáforo fundido, no caso deste último porque “o ambiente está simplesmente ausente do programa”.

Conservação do oceano

Já a Sciaena-Oceanos Conservação Sensibilização realizou um inquérito às 21 candidaturas que vão participar nas eleições legislativas, “para averiguar qual o seu posicionamento sobre assuntos relacionados com a conservação do oceano”.

“Foram enviadas às 21 candidaturas um total de 20 perguntas sobre nove assuntos considerados chave pela organização: pescas, áreas marinhas protegidas, lixo marinho, extração de recursos não vivos, governança e transparência, financiamento, transporte marítimo, controlo e monitorização e marítimo-turísticas”, informa esta associação.

Dos partidos e coligações contactados, apenas quatro não responderam. Quanto às respostas recebidas, na sua generalidade “foram positivas para os esforços de conservação do meio marinho e parecem perseguir o interesse de proteção do meio, tendo as áreas de ‘recursos não vivos’, ‘financiamento’ e ‘controlo e monitorização’ sido as que menos consenso geraram”, indica a organização de conservação marinha.

Quanto aos grupos de questões relacionadas com ‘lixo marinho’ e ‘transporte marítimo’, ” foram os que recolheram mais respostas amigas do ambiente.”

Pode consultar aqui as respostas em detalhe.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.