Recuperado cadáver de urso-pardo nas Astúrias

Urso-pardo. Foto: Thomas Wilken/Pixabay

A 9 de Maio foi recuperado um cadáver de urso-pardo (Ursus arctos) no Parque Natural de las Fuentes del Narcea, Degaña e Ibias, no concelho de Cangas del Narcea, nas Astúrias.

Trata-se de um macho com cerca de 100 quilos de peso que foi localizado por dois turistas franceses que se encontravam no Parque a fazer observação de ursos e que avisaram os serviços de emergência.

A Consejería del Medio Rural y Cohesión Territorial activou esta manhã um dispositivo de recolha dos restos do animal, integrado por técnicos e agentes da Guardería del Medio Natural e que contou com a colaboração da Patrulha da Fundación Oso Pardo.

Foto: Fundación Oso Pardo

A Consejería explica que “tudo parece indicar que, nesta época de acasalamento, a morte pode ter-se devido a lutas com outro macho”.

Além disso informa que “os restos serão levados para o laboratório do Serviço Regional de Investigación y Desarrollo Agroalimentario (Serida) para realizar a necrópsia. Também serão recolhidas amostras para análise”.

O urso-pardo foi declarada espécie Em Perigo de extinção em Espanha em 1989. Hoje distribui-se por quatro comunidades autonómicas – Principado das Astúrias, Cantábria, Castela e Leão e Galiza – em duas populações diferenciadas.

Em Portugal, esta é uma espécie extinta na natureza. Em Maio de 2019 foi confirmada a presença de um urso-pardo, um indivíduo isolado, pela primeira vez desde 1843.


Saiba mais.

Descubra aqui sete curiosidades sobre o urso-pardo.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.