Requalificação do Jardim Botânico do Porto distinguida por prémio internacional

Os International Architecture Awards 2019 distinguiram a Galeria da Biodiversidade, as estufas dos anos 1960 e o E-Learning Café da Universidade do Porto.

Em causa está o projecto, coordenado pelo arquitecto Nuno Valentim e pela sua equipa, que converteu a Casa Andersen em Galeria da Biodiversidade, que recuperou as estufas dos anos 1960, concebidas por Franz Koepp e que transformou a Casa Salabert em E-Learning Cafe da Universidade do Porto, segundo um comunicado do Museu de História Natural daquela cidade.

O projecto foi um dos dois vencedores na categoria “Parques e Jardins” e um dos 350 vencedores dos International Architecture Awards, iniciativa que visa distinguir as melhores práticas em arquitectura à escala global.

A primeira fase de intervenção decorreu entre 2010-2013 para instalação da exposição “A Evolução de Darwin”, sobre a vida e obra do naturalista, na Casa Andresen, estendendo-se ainda ao restauro das estufas.

Após a desmontagem da exposição iniciou-se a segunda fase do projeto, decorrida entre 2014-2017, tendo como objetivo a instalação definitiva da Galeria da Biodiversidade.

Foi também entre 2014-2015 que decorreu a intervenção na Casa Salabert que passou a acolher o E-Learning Cafe da Universidade do Porto, um espaço de estudo aberto a toda a comunidade académica.

A intervenção implicou a requalificação de uma área bruta de construção de cerca de 4.800 m2, numa área de jardim com 48.500 m2.

Jardim Botanico Porto

Os International Architecture Awards, fundados em 2005, são uma iniciativa conjunta do The Chicago Athenaeum: Museum of Architecture and Design e do European Centre for Architecture Art Design and Urban Studies.

Os projetos vencedores, provenientes de 41 países, foram avaliados em função de uma grande diversidade de critérios, incluindo visão, inovação e originalidade, acessibilidade, sustentabilidade, sensação de conforto e usabilidade, adequação à finalidade e nível de satisfação dos clientes.

A cerimónia de entrega dos prémios vai acontecer a 13 de Setembro em Atenas, Grécia.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.