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Foto: Danilo Cedrone/Wiki Commons

Série Blue Planet II distinguida pelos BAFTA

A série documental Blue Planet II venceu a categoria “Must-See Moment” dos prémios BAFTA. Sir David Attenborough subiu ao palco para receber o galardão.

 

Durante a cerimónia de entrega dos BAFTA – os prémios da Academia Britânica de Artes e Ciências Cinematográficas (BAFTA, sigla em inglês) -, a 13 de Maio, a equipa da série de sete episódios Blue Planet II  foi distinguida naquela categoria por causa de uma sequência de imagens de uma baleia-piloto a sofrer pela sua cria.

“Quisemos tentar mostrar os mares, os oceanos, por aquilo que eles são. A sua beleza, o seu esplendor, a sua complexidade, mas também a verdade daquilo que lhe estamos a fazer”, disse Sir David Attenborough ao receber o prémio.

“O facto de um momento em particular ter feito soar os alarmes nas consciências das pessoas deste país é alto que nos agrada mais do que aquilo que posso expressar.”

 

https://twitter.com/BAFTA/status/995785112896745472

 

Blue Planet II, uma série da BBC, é a sequela da série de 2001, The Blue Planet, e mostra os oceanos do planeta com nova tecnologia e novas histórias, sendo narrada por Sir David Attenborough, que fez 92 anos a 8 de Maio.

A Unidade de História Natural da BBC – em parceria com a BBC America, a estação alemã WDR e a France Télévisions – demorou quatro anos a filmar todos os oceanos do planeta para a série, com o apoio de cientistas da área marinha.

A série The Blue Planet I, em 2001, foi vista por mais de 12 milhões de pessoas e ganhou prémios Bafta e Emmy pela música e cinematografia.

Segundo James Honeyborne, responsável pela série, os episódios revelam “locais inacreditáveis, novos comportamentos extraordinários e novas criaturas espantosas”. Tudo aliado a novas tecnologias desenvolvidas para conseguir captar imagens até agora impossíveis. O fotógrafo português de vida selvagem, Nuno Sá, fez parte da equipa que firmou as imagens subaquáticas neste projecto.

Blue Planet II, que estreou a 25 de Dezembro na televisão portuguesa, até já deu nome a uma nova espécie marinha. É o plancton Syracosphaera azureaplaneta, descoberto por cientistas da University College London (UCL) e anunciado em Abril passado. Os investigadores quiseram homenagear a série televisiva e o apresentador naturalista britânico.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.