Serralves construiu um charco para os seus anfíbios

O Charco de Serralves, um novo habitat criado neste Parque da cidade do Porto, foi criado para promover a biodiversidade local e para inspirar crianças e adultos para a conservação destes habitats urbanos.

O charco foi inaugurado a 8 de Junho, com uma visita e saída de campo com o investigador Jael Palhas, da Universidade de Coimbra.

Foto: Parque de Serralves

“Sendo este tipo de habitats cada vez mais escassos em meio urbano, Serralves entendeu criar as condições ideais para receber algumas das espécies autóctones aquáticas mais ameaçadas, num espaço onde as diferentes espécies de anfíbios existentes no Parque possam prosperar”, segundo um comunicado da Fundação Serralves.

Foto: Parque de Serralves

De momento, há quatro espécies de anfíbios listadas para o Parque de Serralves: rã-verde, salamandra-de-pintas-amarelas, sapo-parteiro-comum e tritão-de-ventre-laranja.

Este novo espaço permitirá “criar um laboratório vivo no qual Serralves desenvolverá um programa educativo centrado na promoção e conservação deste tipo de habitats urbanos”.

Foto: Parque de Serralves

O Parque de Serralves, no coração de uma área metropolitana vasta, tem 18 hectares de extensão e mais de 60 espécies de fauna – mamíferos, aves, répteis e anfíbios, para além de um vastíssimo número de espécies de invertebrados – e 225 espécies de flora já estão registadas nas suas matas, jardins e na quinta tradicional. Pode saber quais são aqui.

Foto: Parque de Serralves

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.