abelha pousada numa flor
Foto: Wilder/Arquivo

UE: Iniciativa para salvar abelhas precisa de 100.000 assinaturas

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Mais de um milhão de cidadãos europeus já assinou uma Iniciativa Europeia para pedir à União Europeia que proteja os polinizadores e elimine os pesticidas. Mas faltam 100.000 assinaturas. O prazo termina no final do dia de hoje, 30 de Setembro.

Em causa está a Iniciativa Cidadã Europeia Save Bees & Farmers que quer “exigir medidas para eliminar os pesticidas sintéticos na Europa para proteger a biodiversidade, insectos e animais, agricultores e restantes cidadãos, todos vítimas do seu uso excessivo”, explica hoje, em comunicado, a Plataforma Transgénicos Fora.

Eram necessárias um milhão de assinaturas; de Novembro de 2019 até hoje, dia 29 de Setembro de 2021 estavam reunidas 1.091.380, num esforço conjunto de cerca de 200 organizações espalhadas pela Europa.

Acontece que são necessárias mais 100.00 para compensar a taxa de assinaturas inválidas. O prazo termina hoje ao final do dia, 30 de Setembro.

“Além disso, Portugal ainda não conseguiu a sua quota mínima de 16.000 assinaturas para ser elegível a participar na Iniciativa”, acrescenta aquela Plataforma que apela à assinatura por um maior número possível de pessoas.

“Relembramos que não se trata de uma petição mas de um acto legal e formal que dá uma voz a cada um e uma das cidadãs/ãos e que obrigará a Comissão Europeia a legislar os pesticidas sintéticos.”

A Iniciativa pede a redução gradual dos pesticidas sintéticos na agricultura da União Europeia (UE) em 80% até 2030. O objectivo é que em 2035, a agricultura de toda a UE não precise destes pesticidas.

Pede ainda medidas concretas para a recuperação da Biodiversidade e que as zonas agrícolas se tornem um instrumento desta recuperação.

Por fim, pede apoio para os agricultores nesta transição para a agro-ecologia.


Agora é a sua vez.

Se estiver interessado, pode assinar aqui a Iniciativa.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.