Anunciado plano de 12 milhões de euros para lobo-ibérico na Andaluzia

A Junta da Andaluzia anunciou hoje o início iminente do II Plano de Recuperação do Lobo-Ibérico na região, com um valor de 12 milhões de euros. O objectivo é aumentar a população nos próximos anos.

 

O plano foi anunciado hoje pelo conselheiro do Ambiente e Ordenamento do Território da Junta de Andaluzia, José Fiscal, na assinatura da adesão da Junta de Andaluzia ao Manifesto de Apoio à conservação do Lobo Ibérico, promovida pela Sociedad Gaditana de Historia Natural, noticia a agência espanhola EuropaPress.

José Fiscal referiu-se ao lobo-ibérico como “uma das espécies mais belas e mais mal tratadas pelo Homem”.

Hoje, vivem na Andaluzia 50 lobos, em duas populações, uma em Sevilha e na região Oeste de Córdova e outra na região Este de Córdova e em Jaén.

A caça ao lobo na Andaluzia está proibida desde 1986, ano em que também foi criado um regime de indemnizações por danos no gado. Em 2003, a Junta lançou um programa para conservar a espécie na Serra Morena. “Sem esse primeiro programa de recuperação, o lobo ter-se-ia extinguido na Andaluzia”, disse hoje José Fiscal. “Desde 2003 temos conseguido manter a população” mas isso “não é suficiente e por isso pusemos em marcha este segundo plano”, acrescentou. O plano conta com financiamento do programa LIFE.

O Manifesto é assinado por várias associações ecologistas, mas também por colectivos de caçadores, como a Federação Andaluza de Caça.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.