Corrida para conter derrame no mar ao largo da Califórnia

Uma ruptura num oleoduto perto de Santa Bárbara, na Califórnia, derramou cerca de 80.000 litros de petróleo ao longo de seis quilómetros no oceano Pacífico, nesta terça-feira. As autoridades estão no local para tentar conter a poluição e salvar a vida selvagem, especialmente as baleias.

A fuga ocorreu cerca do meio-dia de ontem (às 20h00 em Portugal) no oleoduto operado pela empresa Plains All American Pipeline, que transporta petróleo ao largo da costa do Pacífico na Califórnia, junto ao parque natural Refugio State Beach.

O fluxo de petróleo foi fechado cerca de três horas depois de ter sido detectada uma mancha de petróleo no mar e na zona costeira. “A Plains lamenta profundamente esta fuga e está a fazer tudo para limitar o seu impacto no Ambiente”, diz em comunicado.

Um jornalista da CBS, no local, disse que a praia de Goleta estava coberta de petróleo mas que várias equipas de limpeza da Guarda Costeira e do Parque Natural estavam a intensificar as operações e que dois barcos estavam no mar para ajudar a vida selvagem.

A organização Environmental Defense Center, com sede em Santa Bárbara, está especialmente preocupada com as várias espécies de baleias que migram através daquelas águas. “Ver este nível de derrame num ambiente tão sensível é devastador”, disse Owen Bailey, director executivo da organização, em comunicado. “Estas águas são conhecidas como as Galápagos da América do Norte, com numerosas espécies de baleias a migrar nestas áreas protegidas marinhas”, salientou.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.