Devolvidos ao Tejo mais de mil quilos de bivalves apanhados ilegalmente

Conquilhas, amêijoas e pés-de-burrinho apanhados ilegalmente na área da Trafaria, Samouco e do estuário, mas ainda vivos, foram as espécies devolvidas ao rio pelo Destacamento de Controlo Costeiro de Lisboa da GNR.

 

Ontem, a GNR detectou duas embarcações de pesca comercial a efectuar pesca de arrasto na zona da Trafaria, onde é proibida a apanha de conquilha. Em comunicado, a GNR diz ter apreendido 510 quilos deste bivalve.

Já no Samouco, os militares apreenderam 500 quilos de amêijoa-japónica porque estavam a ser transportados sem os documentos de registo obrigatórios.

No estuário do Tejo, várias acções de fiscalização resultaram na apreensão de 250 quilos de pé-de-burrinho e material de mergulho para a apanha ilegal deste bivalve.

Depois de os infractores terem sido identificados e feitos os autos de contraordenação, sendo o valor das apreensões de 12.350 euros, os bivalves foram devolvidos ao seu habitat natural.

Já na quarta-feira, militares do Subdestacamento de Controlo Costeiro de Aveiro tinham apreendido 4.356 quilos de amêijoa-japónica em Estarreja porque, além de serem subdimensionados, não havia documentação de registo. Os bivalves seriam comercializados em Espanha.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.