Está sequenciado o genoma do mamute

Uma equipa internacional de cientistas sequenciou o genoma do mamute-lanoso (Mammuthus primigenius), segundo um estudo publicado nesta quinta-feira na revista científica “Current Biology”.

Os investigadores sequenciaram o genoma completo da espécie graças ao ADN que recuperaram de dois espécimes de mamutes, um com 44.800 anos encontrado na Sibéria, e outro com 4300 anos, da ilha Wrangel, na Rússia.

O investigador Love Dalén, do Museu sueco de História Natural, em Estocolmo, disse à BBC que a publicação do genoma completo desta espécie poderá ajudar aqueles que tentam trazer de volta este animal. Mas, ainda assim, ele não aconselha a experiência. Dálen e os colegas sequenciaram este genoma para saber mais sobre o que aconteceu quando este animal se extinguiu, há cerca de 4000 anos na ilha Wrangel.

Quem tem outra opinião é a Fundação Long Now, sediada em São Francisco, Estados Unidos. No seu site, a fundação afirma que pretende “produzir novos mamutes capazes de repovoar vastas áreas de tundra e floresta boreal na Eurásia e América do Norte”.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.