Mapa de espécies invasoras em Portugal ultrapassa os 6000 registos

Nos últimos cinco meses, 40 novos utilizadores ajudaram a completar o mapa dos avistamentos de plantas invasoras de Portugal com 1000 novos registos, o que eleva o total a 6000 localizações de espécies exóticas, revela o projecto Invasoras.pt.

 

As seis espécies mais avistadas foram a mimosa (Acacia dealbata) e cana-do-reino (Arundo donax) (109), seguidas do arbusto tintureira (Phytolacca americana) (93), árvore-do-incenso (Pittosporum undulatum) (77), espanta-lobos (Ailanthus altíssima) (69) e da espécie de acácia Acacia melanoxylon (66).

Segundo os responsáveis pelo projecto, houve pessoas que registaram no mapa mais de 150 plantas.

Em Portugal estima-se que existam cerca de 670 espécies exóticas, desde árvores a flores e arbustos. O site do projecto tem à disposição a lista das espécies invasoras, com uma fotografia de cada uma para ajudar à identificação. A lista está organizada por árvores e arbustos, ervas, ervas aquáticas, suculentas e trepadeiras.

Em determinadas alturas, o projecto lança desafios para o registo de determinada espécie. Actualmente está a precisar de pessoas que tenham visto jacintos-de-água (Eichhornia crassipes), uma erva aquática que se vê muito bem nesta altura do ano e que chega a tapar a superfície de lagos e lagoas. Na semana passada o mapa tinha apenas 28 registos.

A contribuição para este mapa pode ser feita submetendo registos de localização das espécies através da aplicação para dispositivos Android, disponível para download, ou submissão online.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.