Semanas do Tubarão em Novembro querem acabar com má reputação destes animais

De 12 a 29 de Novembro, o Sea Life Porto vai organizar as Semanas do Tubarão para ajudar a acabar com a má reputação destes animais. Workshops, palestras e várias actividades querem ainda sensibilizar para a ameaça de sobrevivência para algumas espécies.

 

“Os tubarões são geralmente falados pelas piores razões. Temos o caso recente do ataque ao surfista Mick Fanning. No entanto, a grande maioria das espécies é inofensiva e os ataques, embora naturalmente infelizes, são muito raros”, diz Ana Ferreira, bióloga daquela instituição, em comunicado divulgado hoje, para anunciar a programação especial.

A iniciativa pretende “desmistificar esta imagem, sobretudo junto dos mais pequenos”, e “sensibilizar para os perigos que ameaçam a sobrevivência de algumas espécies, como a pesca ilegal para obtenção exclusiva de barbatanas”.

Todos os dias haverá palestras sobre os tubarões, em que biólogos vão explicar as diferenças entre as várias espécies, as espécies mais frequentes na costa portuguesa, as principais ameaças à sua sobrevivência e desvendar alguns mitos.

Para os mais pequenos, haverá workshops temáticos aos fins-de-semana, das 11h00 às 18h00, e um filme de animação.

Actualmente vivem no Sea Life Porto 14 tubarões de sete espécies diferentes: Tubarão-pontas-negras, o Tubarão-de-Port-Jackson, o Tubarão-viola, o Tubarão-lixa, o Tubarão Bambu Cinzento, o Cação (também conhecido por Pata Roxa) e o Tubarão Bambu Pintas Brancas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.