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A sua Primavera: ajudar sapos a atravessar a estrada no Algarve

A família Almeida ajudou pequenos sapos a atravessar a estrada e encontrou os primeiros sinais da Primavera no Algarve. Partilhe com a comunidade naturalista as suas experiências na natureza e as razões do seu entusiasmo.

Dada a situação actual de confinamento, e tendo duas filhas pequenas, a necessidade de contacto com a natureza é uma prioridade no nosso dia a dia, que nos permite observar mais espécies, aumentar o grau de conhecimento e fascínio pelo território que nos rodeia.

Nas últimas semanas, temos vindo a aproveitar os períodos de chuva para ver e “ajudar “ pequenos sapos que “atravessam a estrada” a chegarem sãos e salvos a uma das bermas, junto à ribeira do Almargem, ou na periferia da Mata da Conceição em Tavira.

Foi aqui que a pedido da nossa filha mais velha fizemos um incursão noturna (devidamente apetrechados com lanternas na cabeça) e avistámos um tritão marmoreado.

Encontrámos as primeiras flores de primavera, com especial entusiasmo pelas orquídeas selvagens junto à Ermida de nossa Senhora da Saúde, junto à ribeira da Asseca.

E neste mesmo local encontrámos a borboleta Carnaval!



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Partilhe com a comunidade naturalista as suas experiências e descobertas na natureza e as razões do seu entusiasmo. Envie-nos os seus registos e testemunhos para [email protected].

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.