Jovens usam férias de Verão para vigiar a floresta de Estarreja

Foto: Município de Estarreja

Quem tem entre 16 e 25 anos pode inscrever-se até 30 de Junho para, durante o Verão, ajudar a vigiar a floresta de Estarreja e a reduzir a área ardida e o número de incêndios no concelho. O projecto “Juntos pela Floresta” acontece todos os anos desde 2006.

O grande objectivo é “contribuir para a redução da área ardida e do número de ocorrências de incêndios rurais no concelho”, explica a Câmara Municipal de Estarreja em comunicado enviado à Wilder.

A 16ª edição do projecto “Juntos pela Floresta”, promovido pela autarquia, destina-se a jovens com idades compreendidas entre os 16 e 25 anos. As inscrições são feitas até 30 de junho no GAME – Gabinete de Atendimento do Munícipe de Estarreja.

A vigilância da área florestal do concelho pelos jovens voluntários está prevista para o período de 18 de Julho a 12 de Agosto. Os voluntários irão fazer uma vigilância móvel activa, de bicicleta, e alertar para incêndios rurais. Além disso, irão ajudar a limpar a floresta, recolhendo resíduos, fazendo a georreferenciação de lixeiras clandestinas e sensibilizando as populações.

A autarquia oferece formação – nomeadamente sobre a floresta do concelho, legislação, primeiros socorros, orientação em campo -, contacto com a Protecção Civil, seguro, uma bolsa (1 euro/hora – máximo 100 horas por mês), t-shirts do projecto, mochila e luvas.

As equipas de voluntários recebem emprestados, entre outras coisas, binóculos, bússolas e cartografia.

Coordenado pelo Gabinete de Proteção Civil e Florestal do Município, em articulação com os Agentes da Proteção Civil locais (Bombeiros Voluntários de Estarreja e Guarda Nacional Republicana), este projeto municipal foi criado em 2006.

Para a autarquia, é “uma mais-valia, quer para os jovens participantes, quer para a floresta do concelho”.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.