canoa no rio tejo
Foto: Joana Bourgard

Nova campanha Coastwatch lançada no Dia Mundial do Turismo

A partir de 27 de Setembro, Dia Mundial do Turismo, começa a campanha Coastwatch 2016-2017, iniciativa que convida os cidadãos a monitorizar uma faixa costeira de 500 metros e assim contribuir para melhorar o conhecimento sobre o estado do litoral do país.

 

Até Abril de 2017, os portugueses são desafiados a escolher um troço de 500 metros do litoral de Portugal Continental, Açores e Madeira para monitorizar o estado de conservação da biodiversidade e as pressões a que a costa está sujeita. Este ano, o tema da campanha é “Turismo Sustentável no Litoral” e conta com 34 parceiros regionais que vão dinamizar acções em locais como Ílhavo, Lourinhã, Montijo, Funchal, Ovar ou Albufeira.

A campanha pede aos cidadãos para recolherem “o máximo de informação de valor científico para intervenção junto dos principais decisores”, segundo um comunicado do GEOTA (Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e do Ambiente), entidade quehá 27 anos coordena em Portugal esta campanha europeia.

Na última campanha, de Outubro de 2015 a Maio de 2016, mais de 3.000 portugueses de todas as idades vestiram a camisola de “vigilantes da costa” e patrulharam 10% do território costeiro português. “Muito lixo, erosão e pressão urbanística foram os principais problemas identificados”, informou o GEOTA na divulgação dos resultados, em Julho. Foram registadas 9.474 garrafas de plástico, 4.979 tampas de garrafas, 2.662 garrafas de vidro, 2.395 sacos de plástico, 1.350 latas metálicas e outro tipo de lixo, como cápsulas de café, tinteiros de impressoras, fios, redes, cordas, restos de artes de pesca e esferovites.

Para participar é preciso aceder ao site do projecto para escolher o troço que pretende monitorizar e inscrever-se. Depois é só fazer a saída de campo, de preferência na maré-baixa, e introduzir os dados recolhidos num questionário e enviá-lo para os coordenadores do Coastwatch.

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Conheça o que está a ser feito em Portugal para travar o problema do lixo marinho, desde a campanha “Mariscar Sem Lixo” (no Estuário do Sado), ao projecto “Plasticus maritimus” (Cascais) e ao projecto Straw Patrol (Algarve). Estes são só algumas das iniciativas a decorrer no país.

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Inscreva-se na rede de voluntários da Associação Portuguesa de Lixo Marinho para participar nas acções da organização.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.