O louva-a-deus que a Marta encontrou no quintal

A correspondente Marta Ribeiro descobriu um louva-a-deus no seu quintal e aproveitou para tentar saber mais sobre estes insectos muito comuns e com um fascínio próprio.

 

Apesar de ser um insecto muito comum, principalmente no campo, o louva-a-deus tem um fascínio próprio.

 

 

Antes de mais pela posição que adopta, com a parte anterior do corpo levantada e as patas dianteira unidas, como se estivesse a rezar. Mas também pelas suas características singulares como uma visão de quase 360º, ter apenas um ouvido (situado no tórax), pela forma como se dissimula na vegetação ou como utiliza os espinhos das pinças para apanhar presas, ou, e esta é a mais extraordinária de todas, por ser canibal e se alimentar do companheiro.

No acasalamento o macho serve de alimento para a fêmea que o agarra pelo pescoço e, sem piedade, lhe arranca e come a cabeça. Mesmo decapitado e engolido, o corpo do macho continua a fecundar a fêmea.

Nesta fotografia devo ter captado a fêmea pouco depois do acasalamento, que decorre durante o Outono, e antes da postura dos ovos (entre dez e 400), a avaliar pelo tamanho da barriga.

 

 

O louva-a-deus é sempre bem-vindo no meu quintal e no de todos os amantes da jardinagem e da agricultura biológica. Com um apetite insaciável por moscas e pulgões é o substituto perfeito de pesticidas no controlo de pragas.

 

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