/

Que espécie é esta: Cocheiro-do-Diabo

O leitor Telmo Santos fotografou este insecto a 21 de Novembro em Torres Vedras e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares responde.

 

Telmo Santos pediu ajuda para descobrir qual a espécie deste “pequeno insecto, curioso embora bastante agressivo”.

 

Foto: Telmo Santos

 

A espécie que observou é um Ocypus olens, chamado nalgumas zonas de Portugal de cocheiro-do-diabo.

Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

É um escaravelho preto que pertence à família dos Staphilinidae. É comum na Europa e pode ser observado em vários habitats, normalmente com alguma humidade, como bosques, prados, jardins e, por vezes, dentro das nossas casas.

Pode chegar aos 28 milímetros de comprimento e, apesar de ser capaz de voar, raramente usa as suas curtas asas.

Este animal, cuja postura faz lembrar um escorpião, é um predador de outros invertebrados. Telmo Santos captou na fotografia a pose defensiva do cocheiro-do-diabo, em que o animal se sentiu ameaçado e reagiu, erguendo a parte de trás do corpo e abrindo as suas mandíbulas.

Segundo a organização britânica BugLife, esta é uma espécie benéfica, garantindo que os nutrientes são reciclados e devolvidos ao solo.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.