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Fotogaleria: Abelhas para ver em Março

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Com a Primavera quase a chegar, várias espécies de insectos começam a aparecer. Divirta-se a procurar estes fantásticos polinizadores que Albano Soares, entomólogo do Tagis (Centro de Conservação de Borboletas de Portugal), sugere e que são mais fáceis de ver.

Abelha-do-mel (Apis mellifera):

Foto: Albano Soares

Abelha social, criada há milhares de anos para a produção de mel e reconhecida polinizadora. Voa todo o ano, mesmo nos dias amenos de inverno, e apresenta um grande pico de atividade no início da primavera.

Abelha-carpinteira-comum (Xylocopa violacea):

Foto: Albano Soares

Passa o inverno na forma adulta sendo por isso avistada mesmo nos dias amenos de inverno. Reproduz-se no início da primavera quando apresenta o pico da atividade. Constroi as células reprodutoras abrindo galerias na madeira morta.

Osmia-de-barriga-negra (Osmia caerulescens):

Foto: Albano Soares

Abelha solitária que, apesar de recolher pólen e néctar de diversas plantas, demonstra preferência por fabaceas (trevos, ervilhas, favas etc.). Aparece em março e constrói as células reprodutoras em buracos na madeira. Estas abelhas são hóspedes regulares dos chamados hotéis para abelhas.

Abelhão-comum (Bombus terrestris):

Foto: Albano Soares

Abelha social e reconhecido polinizador. As rainhas emergem no fim do Inverno e começam a fundar novas colónias utilizando para isso buracos no subsolo, muitas vezes tocas de roedores abandonadas.

Abelhão-de-duas-bandas (Bombus ruderatus):

Foto: Albano Soares

Abelha social com reconhecido papel de polinizador. As rainhas fundam novas colónias no fim do inverno e início da primavera, construindo ninhos no subsolo.

Abelha-mineira-comum (Andrena flavipes):

Foto: Albano Soares

Abelha solitária. A primeira geração emerge por vezes no fim de dezembro. O primeiro pico de atividade acontece no início da primavera, explorando as explosões florais que aparecem por todo o lado. Estas abelhas constroem ninhos no subsolo, geralmente em taludes e por vezes em grandes agregações.

Abelha-longicórnea-de-lábios (Eucera nigrilabris):

Foto: Albano Soares

Abelha solitária que aparece em meados de fevereiro. Os machos voam até ao início de Abril. As fêmeas voam até maio e recolhem pólen e néctar de plantas das famílias das couves e mostardas (Brassicaceas). Constroem os ninhos no solo, muitas vezes em grandes densidades populacionais.

Abelha-das-flores-de-pés-peludos (Anthophora plumipes):

Foto: Albano Soares

Abelha solitária. Emerge no fim do inverno e princípio da primavera aproveitando o aparecimento massivo de flores. Os machos guardam ferozmente territórios como canteiros floridos. Estas abelhas constroem ninhos em paredes e taludes.


Agora é a sua vez.

Saiba aqui o que pode fazer ajudar os insectos polinizadores e porquê.

Aprenda a fotografar libélulas com Albano Soares.


Já que está aqui…

Ainda vai a tempo para apoiar o projecto de jornalismo de natureza da Wilder com o calendário para 2021 dedicado às aves selvagens dos nossos jardins.

Com a ajuda das ilustrações de Marco Nunes Correia, poderá identificar as aves mais comuns nos jardins portugueses. O calendário Wilder de 2021 tem assinalados os dias mais importantes para a natureza e biodiversidade, em Portugal e no mundo. É impresso na vila da Benedita, no centro do país, em papel reciclado.

Marco Nunes Correia é ilustrador científico, especializado no desenho de aves. Tem em mãos dois guias de aves selvagens e é professor de desenho e ilustração.

O calendário pode ser encomendado aqui.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.