/

Que espécie é esta: abelha carpinteira

O leitor José Teixeira Gomes fotografou este insecto a 24 de Janeiro no Jardim Botânico do Porto e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares dá-lhe a identificação.

 

A espécie que observou é uma abelha carpinteira (Xylocopa violacea).

Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta é a nossa maior abelha. Está bem distribuída em todo o território e é comum mesmo nos jardins das grandes cidades.

É uma abelha solitária que passa o Inverno no estado adulto, aparecendo logo no fim do Inverno.

No Verão e início da Primavera, as fêmeas escavam túneis na madeira morta (ou em velhos buracos) onde fazem células individuais. Em cada célula depositam um ovo e um aprovisionamento de néctar e pólen que servirá de alimento à larva até esta completar o ciclo.

Os adultos emergem no fim do Verão e hibernam até que as condições voltem a ser favoráveis.

 

[divider type=”thin”]

Aqui fica outro registo desta abelha, feito pelo leitor David Delgado em Novembro, em Sintra.

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.