Que espécie é esta: aranha caranguejeira-das-flores

O leitor Ruben Moura fotografou esta aranha a 23 de Agosto na ilha da Madeira e quis saber a que espécie pertence. Sérgio Henriques responde.

“Encontrei esta pequena aranha com um verde muito garrido e bonito”, contou Ruben Moura à Wilder.

Foto: Ruben Moura

A descoberta aconteceu numa zona de serra, no Pico do Arco de S. Jorge.

“Penso que, provavelmente, a aranha poderá até ter caído ou descido do topo de uma árvore pois momentos antes reparei numa pequena folha flutuando presa por um fio de seda.”

Foto: Ruben Moura

Tratar-se-á de uma aranha-caranguejeira-das-flores (Misumena cf. nigromaculata), ou seja, a confirmar.

Espécie identificada e texto por: Sérgio Henriques, líder do grupo de especialistas em aranhas e escorpiões da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e especialista da Sociedade Zoológica de Londres.

Esta não é uma aranha de solo, mas também não é arbórea.

Normalmente vive em flores, onde preda polinizadores e tem a capacidade de mudar de cor. Aliás, o facto de mudar de cor é mencionado no primeiro filme do homem aranha moderno.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.