Que espécie é esta: aranha-de-cruz

A leitora Marta Carona fotografou estas aranhas no Monte de Caparica neste Inverno e quis saber a que espécie pertencem. Sérgio Henriques responde.

 

Marta Carona tem encontrado estas aranhas que lhe despertaram a atenção.

Este registo é de 24 de Dezembro de 2019.

 

 

E este foi feito a 11 de Janeiro.

 

 

Tratam-se de aranhas-de-cruz (Araneus cf. diadematus), ou seja, a confirmar.

Espécie identificada e texto por: Sérgio Henriques, líder do grupo de especialistas em aranhas e escorpiões da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e especialista da Sociedade Zoológica de Londres.

Estas aranhas parecem ser fêmeas da espécie Araneus cf. diadematus. São aranhas que fazem teias orbiculares (como a da foto) e ficam no seu centro. Este comportamento combinado com os seu considerável tamanho, coloração laranja e cruz branca, faz com que seja frequentemente avistadas.

Costumam aparecer mais no final do ano, quando as fêmeas estão grávidas e são, portanto, maiores. Estas parecem muito bem para esta altura do ano.

É possivelmente a aranha mais fotografada do mundo, porque aparece em jardins de algumas das maiores cidades.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

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Para o ano de 2020 criámos um calendário inspirado nas espécies de plantas, animais e cogumelos de Portugal, com 12 das melhores imagens que recebemos dos nossos leitores, através do Que Espécie É Esta. E com os dias mais especiais dedicados à Natureza, de Janeiro a Dezembro. 

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.