Que espécie é esta: aranha-de-cruz

A leitora Maria Godinho Nascimento fotografou esta aranha em Junho de 2014 na praia de Santa Cruz, Torres Vedras, e quis saber a que espécie pertence. Sérgio Henriques responde.

“Esta aranha foi habitante do meu jardim. Encontrei depois uma ou outra semelhantes, mas muito mais pequenas. Esta era de longe a maior”, contou Maria Godinho Nascimento à Wilder.

Foto: Maria Godinho Nascimento

“Aqui na zona há imensas aranhas, dentro de casa, fora de casa.”

Trata-se de uma aranha-de-cruz (Araneu diadematus).

Espécie identificada e texto por: Sérgio Henriques, líder do grupo de especialistas em aranhas e escorpiões da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e especialista da Sociedade Zoológica de Londres.

A aranha que a leitora fotografou é uma fêmea. Segundo o site Naturdata, as fêmeas podem medir entre 12 a 17 milímetros, sendo maiores do que os machos (5 a 10 milímetros).

A espécie atinge a maturidade por esta altura do ano.

Estas aranhas vivem em zonas com arbustos e árvores e alimentam-se de vários insectos, como moscas, vespas, abelhas ou borboletas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.