Que espécie é esta: aranha-lobo-radiada

O leitor Sérgio Caldeira enviou-nos esta foto de aranha vista a 7 de Novembro de 2019 em São Francisco, Alcochete, e quis saber a que espécie pertence. Sérgio Henriques responde.

 

Sérgio Caldeira encontrou a aranha no interior da antiga escola primária de São Francisco em Alcochete. “Fiquei surpreendido pelo tamanho. Estava letárgica, talvez devido à temperatura relativamente baixa. Retirei-a com extremo cuidado para o jardim num local ao sol. Podem ajudar a identificar? É nativa ou exótica?”

 

 

Trata-se de uma aranha-lobo-radiada (Hogna radiata)

Espécie identificada por: Sérgio Henriques, líder do grupo de especialistas em aranhas e escorpiões da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e especialista da Sociedade Zoológica de Londres.

Esta é uma espécie bem nativa de aranha-lobo, originalmente chamada de Tarântula.

Neste caso parece ser uma fêmea de Hogna radiata. Esta espécie ocorre no Sul da Europa, Norte de África e Ásia Central.

Caça pequenos insectos e pode viver em florestas, parques e zonas de vegetação.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.