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Que espécie é esta: borboleta esfinge-da-vinha

O leitor Rodrigo Simões fotografou esta lagarta a 11 de Julho no concelho de Cantanhede, Coimbra, e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares dá-lhe a identificação.

 

“Tenho uma videira perto da casa e reparei que tinha uma lagarta verde de um tamanho considerável e com uma velocidade de comer realmente impressionante”, contou à Wilder Rodrigo Simões.

“Pesquisei na vossa página e pareceu uma lagarta da borboleta colibri mas esta tem umas manchas nas costas perto da cabeça. Nunca tinha visto uma lagarta deste tamanho, é tão bonita.”

 

 

A espécie que observou é uma borboleta esfinge-da-vinha (Deilephila elpenor).

Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

O que Rodrigo Simões encontrou na sua videira é a penúltima fase de maturação da lagarta de Deilephila elpenor.

Esta é uma das mais atraentes borboletas nocturnas do nosso país e pertence à família Sphingidae, também conhecidas por borboletas colibri devido ao facto de pairarem no ar em frente as flores enquanto se alimentam.

 

Borboleta em estado adulto. Foto: Stanislaw Szydlo/Wiki Commons

 

A lagarta, totalmente inofensiva, alimenta-se de trepadeiras, incluindo de folhas de videira (Vitis vinifera), nunca constituindo praga para esta cultura.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.