Que espécie é esta: borboleta nocturna Aedia leucomelas

O leitor Rafael Vieira fotografou esta lagarta a 7 de Outubro em Águeda e quis saber qual a espécie a que pertence. Eduardo Marabuto dá-lhe a identificação.

 

“Num terreno agrícola que temos nas proximidades da cidade de Águeda, zona norte, vertente orientada a levante, fomos encontrar esta lagarta alapada numa folha de amoreira”, contou à Wilder Rafael Vieira.

 

 

“Procurei e pesquisei e não encontro referência desta espécie. Podem ajudar-me? Encontrámos apenas esta.”

 

 

A espécie que observou é uma lagarta da borboleta nocturna Aedia leucomelas.

Espécie identificada e texto por: Eduardo Marabuto, entomólogo.

Esta lagarta é uma Aedia leucomelas. Não é uma espécie rara, estando por todo o país. Mas tão pouco é comum, nunca sendo encontradas muitas no mesmo sítio.

 

Borboleta em fase de adulto. Foto: dhobern/Wiki Commons

 

É estranho estar na folha de amoreira, já que elas se alimentam de folhas de corriolas (Convolvulus & Calystegia) que devem aparecer no local do achado.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.