Centopeia do género Scolopendra. Foto: Margarida Pires

Que espécie é esta: centopeia Scolopendra sp.

A leitora Margarida Pires fotografou um invertebrado com muitas patas em Pêra, Monte da Caparica, Almada, e pediu para saber a espécie. Eva Monteiro responde.

 

“Agradeço a vossa ajuda para a identificação deste simpático insecto”, pediu Margarida Pires na mensagem enviada à Wilder, sobre a imagem captada a 7 de Maio.

Trata-se de uma centopeia do género Scolopendra.

 

Centopeia do género Scolopendra. Foto: Margarida Pires

 

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

As Scolopendra spp. são predadoras e comem insectos e outros artrópodes, encontram-se muitas vezes debaixo de pedras.

Embora centopeias e insectos pertençam ambos ao Filo Arthropoda, o grupo animal com mais diversidade e abundância de organismos na Terra, as centopeias não são insectos.

Os insectos pertencem à Classe Insecta e caracterizam-se por ter o corpo dividido em três: cabeça, tórax e abdómen e, entre outras características, por terem sempre 6 patas, no tórax.

Já as centopeias pertencem à Classe Chilopoda e caracterizam-se por terem o corpo dividido em duas partes, a cabeça e o tronco. O tronco é dividido em muitos segmentos, cada qual com um par de patas, e é esta característica que lhes dá o nome comum, já que algumas espécies podem ter bem mais de 100 pés.

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.