Foto: Forest & Kim Starr/Wiki Commons

Que espécie é esta: charuto-do-rei

O leitor Sérgio Raposo fotografou uma planta no concelho de Palmela, onde vive, e pediu para saber se é invasora. O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra responde.

“A zona onde vivo está a ser atacada aos poucos por uma planta que conheço pouco. Queria saber o nome, se possível, e se é invasora”, pediu Sérgio Raposo, numa mensagem enviada à Wilder, explicando que “a zona invadida é uma urbanização abandonada”.

Foto: Sérgio Raposo

Trata-se de uma planta da espécie Nicotiana glauca, uma planta da família das Solanaceae do mesmo género da planta do tabaco, conhecida por charuto-do-rei ou charuteira, entre outros nomes comuns.

Espécie identificada e texto por:  Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (JBUC), que tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual poderá enviar todas as perguntas e dúvidas que tiver sobre as plantas ([email protected]).

Esta planta é nativa da América do Sul e em Portugal vai ocupando áreas com perturbação humana (bermas de estrada, entulhos).

Trata-se com efeito de uma espécie invasora, ou seja, uma planta exótica que é nociva para outras espécies que são nativas em território português. A Nicotiana glauca Graham aparece no novo Decreto-Lei nº 92/2019, de 10 de junho, que actualiza as espécies invasoras.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.