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Que espécie é esta: cobra-de-água-viperina

O leitor Carlos Santos fotografou esta cobra em meados de Junho no rio Neiva (São Paio de Antas, Esposende) e quis saber qual a espécie a que pertence. Ernestino Maravalhas dá-lhe a identificação.

 

 

Tudo indica que a cobra que observou pertence à espécie cobra-de-água-viperina (Natrix maura). Ainda assim, os reflexos na água confundem o padrão.

Espécie identificada por: Ernestino Maravalhas, um dos autores do guia “Anfíbios e Répteis de Portugal”, lançado em Novembro de 2017.

Esta espécie vive um pouco por toda a parte em Portugal. É uma cobra de tamanho médio (entre os 60 e os 130 centímetros de comprimento) e pode ser castanha, cinza, verde ou amarelada, segundo o guia lançado em 2017.

Tem hábitos diurnos e está activa desde a Primavera até ao começo do Outono. Nos meses mais frios costuma hibernar.

Vive em rios calmos, lagoas e ribeiros de montanha e alimenta-se de invertebrados, anfíbios, peixes e micromamíferos.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.