Cobra-rateira. Foto: Alexandre Roux/Wiki Commons

Que espécie é esta: cobra-rateira

O leitor Bruno Pinto fotografou uma cobra no dia 18 de Junho e pediu ajuda para saber a espécie. Luís Ceríaco responde.

 

“Avistei esta cobra no pátio de casa dos meus pais. Situa-se no limite entre os concelhos de Águeda e Anadia”, explicou Bruno Pinto, na mensagem enviada à Wilder.

“Por favor, indiquem-me o nome e tipo de cobra e se é ofensiva ou venenosa, pois estamos preocupados e receosos, visto que é a terceira no espaço de um ano”, disse também.

 

Foto: Bruno Pinto

 

A espécie que observou é uma cobra-rateira (Malpolon monspessulanus).

Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

“Pelo tamanho parece-me ser adulta”, responde o investigador Luís Ceríaco, acrescentando que se trata de uma “espécie inofensiva para o ser humano”. Ainda assim, “pelas suas dimensões pode infligir uma dentada desagradável caso seja manuseada, o que não se aconselha”, sublinha.

As cobras-rateiras são esverdeadas, com tons castanhos ou cinzas. São animais diurnos e surgem “em qualquer tipo de habitat, desde que possua vegetação e esconderijos”, segundo o guia Anfíbios e Répteis de Portugal (2017).

Tal como o nome comum indica, estas cobras quando são já adultas alimentam-se de ratos e de outros pequenos roedores, lagartixas, crias de aves e também  outras cobras, entre outras presas.  Quando são ainda juvenis, preferem comer insectos.

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. No caso de plantas, deve enviar fotos de pormenor das folhas, frutos e flores (se houver), se possível também tiradas contra o céu. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.