Que espécie é esta: cobra-rateira

O leitor João Mota fotografou uma cobra na Ria de Aveiro, em Setembro do ano passado, e pediu ajuda na identificação da espécie. O investigador Luís Ceríaco responde.

João Mota estava na Ria de Aveiro quando encontrou uma espécie que lhe “despertou a curiosidade”. Era uma cobra.

“Consegui iludi-la a entrar numa caixa e, minutos depois de ter feito algumas fotos e vídeos, voltei a libertá-la nas margens da ria. Para ela foi só um susto.”

A espécie que observou é uma cobra-rateira (Malpolon monspessulanus).

Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

A cobra que encontrou é um juvenil, segundo explicou Luís Ceríaco.

Esta é uma cobra esverdeada, com tons castanho ou cinza. É diurna e “surge em qualquer tipo de habitat, desde que possua vegetação e esconderijos”, segundo o guia Anfíbios e Répteis de Portugal (2017).

Não é perigosa para o Homem.

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. No caso de plantas, deve enviar fotos de pormenor das folhas, frutos e flores (se houver), se possível também tiradas contra o céu. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.