Que espécie é esta: Cogumelo Agrocybe cylindracea

O leitor Vasco Pedrosa encontrou este fungo a 6 de Setembro na Figueira da Foz e pediu ajuda para saber qual a espécie. A associação Ecofungos responde. 

 

Tratar-se-á, pela foto que nos remetem, de uma espécie da Ordem Agaricalessensu lato (Filo Basidiomycota) – Agrocybe cilyndracea.

Espécie identificada e texto por: Ecofungos – Associação Micológica.

Algumas caraterísticas macroscópicas: as frutificações são geralmente em grupo, na base/colo das árvores.

Os exemplares possuem um pé cilíndrico, com presença de um anel membranoso descendente; possuem um chapéu com dimensão até 15 centímetros de diâmetro, de cor clara – creme.

Quando seco apresenta o aspeto da foto, com várias escamas. As lâminas, na parte inferior do chapéu, têm uma coloração que varia entre o creme a castanho escuro, quase negra, na fase mais avançada de maturação.

Confirmando-se que se trata desta espécie, é parasita e saprófita de folhosas (por exemplo é muito comum nos choupos), com propriedades medicinais.

No entanto, e como sempre referimos, não recomendamos o seu consumo sem absoluta certeza. Alertamos para o fato de muitas espécies, como bioacumuladoras que são, poderem estar contaminadas com produtos utilizados na manutenção de jardins.  

 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.